Dores crônicas são mais comuns do que pensamos

Estudo recente da Sociedade Brasileira para Estudo da Dor (SBED) aponta que, atualmente, 37% dos brasileiros são acometidos por algum tipo de dor crônica, ou seja, a cada dez pessoas, quase quatro convivem com o problema. A maioria são mulheres, na faixa dos 41 anos e que sentem dores tão intensas capazes de atrapalhar atividades do dia a dia. Entre as principais dores crônicas, estão a dor de cabeça, dores na lombar, dores cervicais (no pescoço) e por patologia (câncer).
Este tipo de enfermidade é diagnosticado pelo tempo de permanência da dor, que ao persistir por três meses seguidos, passa a ser considerada dor crônica. A dor aguda sinaliza que algo está errado, disparando o sinal de alerta. Já a dor crônica deixa de ser um sinal e passa a ser a própria doença, que com o passar dos dias vai levando a um desdobramento por estresse, ansiedade e depressão, agravando o quadro. Neste ponto, esse ciclo vicioso precisa ser interrompido.
A pesquisa mostra que a faixa etária média de ocorrência da dor é 41 anos. Em relação ao sexo, as mulheres são maioria entre os relatos de dores crônicas na maior parte das regiões. Apenas na Região Nordeste este quadro se inverte: os homens representam 52% e as mulheres 42%. A intensidade da dor relatada foi maior de 6 (em uma escala 1 a 10) em todas as regiões do país. Esse nível é considerado moderado e suficiente para interferir nas atividades diárias.
O estudo contou com 919 pessoas entrevistadas, de todas as regiões do país, respeitando a densidade demográfica e a heterogeneidade da população, apontadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estaística (IBGE). Além da SBED, estiveram envolvidos no trabalho as instituições Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina, Aliviar Medicina da Dor e Centro de Ensino e Treinamento Integrado de Medicina do ABC Paulista.
Prevenção
O uso de celulares e tablets também pode contribuir para o aumento de dores crônicas. Os maus hábitos posturais que a tecnologia trouxe para a população agravaram a situação. Práticas saudáveis, como boa alimentação e atividade física regular são medidas de prevenção.
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